Cancelamentos, ingressos caros e pouco público devem mudar o cenário dos grandes shows no país

Dan Auerbach, do The Black Keys, principal atração do Lollapalooza no sábado (30) (Foto: Christopher Polk/Getty Images for NARAS)
No fim de semana da segunda edição do Lollapalooza, fãs de música ao vivo se perguntam: o Brasil continuará a receber festivais de grande porte, com importantes estrelas internacionais? Uma série de acontecimentos no mercado de shows brasileiro fez com que muitos imaginassem uma crise no setor. Os primeiros sintomas apareceram em 2012, quando o festival SWU não conseguiu marcar uma nova data depois de realizar duas edições. No final do ano, os shows das divas pop Madonna e Lady Gaga não fizeram o sucesso esperado. Lady Gaga cantou para 50 mil pessoas em São Paulo, e Madonna para 58 mil pessoas. Forma feitas promoções de última hora, oferecendo dois ingressos pelo preço de um. O cancelamento do Sónar, que faria sua segunda edição em 2013 e já tinha 10 atrações confirmadas, surpreendeu a todos. A organização disse que o evento não seria realizado por "instabilidade do mercado de entretenimento no Brasil". Por fim, o show do The Cure, que seria realizado no estádio do Morumbi, foi remanejado para a Arena Anhembi, com quase metade da capacidade. Esses problemas podem ser um reflexo da euforia que dominou o mercado de shows no país. Nos últimos dois anos, diversos festivais surgiram e poucos conseguiram se manter. Dos maiores, apenas o Rock in Rio e o Lollapalooza (desta sexta a domingo, no Jockey Club paulistano), estão confirmados. O tradicional Planeta Terra ainda não tem endereço nem data confirmados.
Para Roberta Medina, responsável pelo Rock in Rio, a crise é uma soma de vários problemas. "Acho que o mercado cresceu muito rápido. Agora ele vai continuar crescendo, mas talvez não tão rápido", diz. Segundo ela, os custos de mão de obra especializada, escassa no país, e o alto cachê dos artistas contribuem para a situação complicada do mercado de grandes shows. "Infelizmente a crise mundial só não afeta o cachê dos artistas, então essa conta não fecha", diz Roberta. Entre tantas opções caras, os fãs estão concentrando suas economias em shows específicos, em festivais ou em casas menores. "Estou pagando caro pelos ingressos porque gosto muito das bandas. Não pretendo ir a outros shows neste ano", diz o estudante de relações internacionais João Victor Silva Lopes, que vai ao Lollapalooza para ver Queens of the Stone Age e Planet Hemp.
Enquanto os grandes eventos passam por uma crise, o circuito de apresentações menores consegue manter um bom ritmo de shows com bandas internacionais e lotação máxima. O Cine Joia, principal reduto do rock alternativo, trouxe ídolos indie, como Grizzly Bear e Andrew Bird apenas neste ano. Três atrações do Lollapalooza (Alabama Shakes, Hot Chip e Of Monsters and Men) também vão tocar na casa.
Empresários acreditam, no entanto, que a estratégica de investir em shows de artistas específicos só funcione com nomes alternativos, que se apresentam em lugares fechados, para até 5 mil pagantes. As apresentações de grandes estrelas da música, como Rolling Stones ou U2, talvez se tornem menos frequentes do que foram nos últimos anos, devido aos altos custos envolvidos. "Fazer grandes shows isolados é um negócio arriscado", diz Leo Ganem, presidente da GEO Eventos, responsável pelo Lollapalooza. Segundo ele, além da diminuição dos grandes shows isolados, os festivais, que atraem mais patrocinadores, ainda têm força suficiente para se manter. "É o que acontece lá fora", afirma Ganem.
No fim de semana da segunda edição do Lollapalooza, fãs de música ao vivo se perguntam: o Brasil continuará a receber festivais de grande porte, com importantes estrelas internacionais? Uma série de acontecimentos no mercado de shows brasileiro fez com que muitos imaginassem uma crise no setor. Os primeiros sintomas apareceram em 2012, quando o festival SWU não conseguiu marcar uma nova data depois de realizar duas edições. No final do ano, os shows das divas pop Madonna e Lady Gaga não fizeram o sucesso esperado. Lady Gaga cantou para 50 mil pessoas em São Paulo, e Madonna para 58 mil pessoas. Forma feitas promoções de última hora, oferecendo dois ingressos pelo preço de um. O cancelamento do Sónar, que faria sua segunda edição em 2013 e já tinha 10 atrações confirmadas, surpreendeu a todos. A organização disse que o evento não seria realizado por "instabilidade do mercado de entretenimento no Brasil". Por fim, o show do The Cure, que seria realizado no estádio do Morumbi, foi remanejado para a Arena Anhembi, com quase metade da capacidade. Esses problemas podem ser um reflexo da euforia que dominou o mercado de shows no país. Nos últimos dois anos, diversos festivais surgiram e poucos conseguiram se manter. Dos maiores, apenas o Rock in Rio e o Lollapalooza (desta sexta a domingo, no Jockey Club paulistano), estão confirmados. O tradicional Planeta Terra ainda não tem endereço nem data confirmados.
Para Roberta Medina, responsável pelo Rock in Rio, a crise é uma soma de vários problemas. "Acho que o mercado cresceu muito rápido. Agora ele vai continuar crescendo, mas talvez não tão rápido", diz. Segundo ela, os custos de mão de obra especializada, escassa no país, e o alto cachê dos artistas contribuem para a situação complicada do mercado de grandes shows. "Infelizmente a crise mundial só não afeta o cachê dos artistas, então essa conta não fecha", diz Roberta. Entre tantas opções caras, os fãs estão concentrando suas economias em shows específicos, em festivais ou em casas menores. "Estou pagando caro pelos ingressos porque gosto muito das bandas. Não pretendo ir a outros shows neste ano", diz o estudante de relações internacionais João Victor Silva Lopes, que vai ao Lollapalooza para ver Queens of the Stone Age e Planet Hemp.
Enquanto os grandes eventos passam por uma crise, o circuito de apresentações menores consegue manter um bom ritmo de shows com bandas internacionais e lotação máxima. O Cine Joia, principal reduto do rock alternativo, trouxe ídolos indie, como Grizzly Bear e Andrew Bird apenas neste ano. Três atrações do Lollapalooza (Alabama Shakes, Hot Chip e Of Monsters and Men) também vão tocar na casa.
Empresários acreditam, no entanto, que a estratégica de investir em shows de artistas específicos só funcione com nomes alternativos, que se apresentam em lugares fechados, para até 5 mil pagantes. As apresentações de grandes estrelas da música, como Rolling Stones ou U2, talvez se tornem menos frequentes do que foram nos últimos anos, devido aos altos custos envolvidos. "Fazer grandes shows isolados é um negócio arriscado", diz Leo Ganem, presidente da GEO Eventos, responsável pelo Lollapalooza. Segundo ele, além da diminuição dos grandes shows isolados, os festivais, que atraem mais patrocinadores, ainda têm força suficiente para se manter. "É o que acontece lá fora", afirma Ganem.
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fonte:http://revistaepoca.globo.com/
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