quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Música, Shows e Eventos: ‘Quero que a música una as culturas’




Entre as top 50 do mundo, pianista americana Naomi Causby destaca a importância de valorizar a música clássica


Coreana naturalizada americana, Naomi Causby tocou ontem na USC


De origem coreana, mas naturalizada americana, a pianista Naomi Causby tem 19 anos e um “jeitinho” típico de toda jovem de sua idade. Mas, mesmo com pouca idade, Naomi está na seleta lista das 50 melhores pianistas do mundo e, por onde passa, coleciona prêmios e títulos. Ela está na região e, ontem, os bauruenses tiveram o privilégio de prestigiar seu talento ao piano em apresentação na Universidade Sagrado Coração (USC) e, hoje, a partir das 20h30, no Teatro Municipal Camilo Fernandez Dinucci, a oportunidade será dos botucatuenses.

Em sua exibição em Bauru no Teatro Veritas, em atividade integrante ainda ao Bauru-Atlanta: Festival das Américas, que ocorreu em maio na cidade (leia mais em texto nesta página), a pianista tocou Beethoven, Chopin, Liszt e Albright, alguns dos ícones desse gênero musical. Mas quem não tem tanta afinidade com a cultura erudita, pode até se perguntar: por que uma garota desta idade gosta tanto de música clássica?

Pois é: Naomi se dedica desde muito pequena a este tipo de música e ao piano. Desde os quatro anos participa de concertos. E, desde então, passou a ganhar todos os concursos que se inscreve. Aos nove, deslanchou e consolidou seu nome nos EUA ao participar de uma competição na Califórnia, entre Rússia e EUA. Não deu outra, e o talento de Naomi encantou a todos.

E ela, de certa forma, “sacrificou” sua infância até conseguir ingressar na Juilliard School, onde estuda atualmente, conforme conta a mãe, Suzie Causby. A instituição é considerada uma das maiores e melhores escolas de música do mundo. “O apoio dos pais foi muito importante nisso”, salienta a jovem virtuose.

Apesar da música erudita ter mais apoio lá fora, Naomi diz acreditar que a música clássica ainda não é muito aceita. “Assim, acredito que sou um veículo para ajudar as pessoas a se tornarem mais envolvidas com esta arte tão importante”, aponta a pianista. Com isso em mente, a principal motivação de Naomi para seguir a carreira artística, é justamente, poder mostrar o valor e o poder que tem a música clássica para o bem estar das pessoas.

Para ela, a música não deve ser vista como uma carreira que busca ostentação econômica, mas que transmita os sentimentos para as pessoas e una diferentes culturas, já que considera a música uma linguagem universal. “É uma linguagem universal, internacional. Através da música tenho a possibilidade de transmitir a outras pessoas meus sentimentos – se estou feliz, ou triste, e consigo envolver as pessoas”, ressalta.

“Não é uma carreira que esbanja dinheiro, mas o músico está preocupado em levar felicidade para as pessoas e ver que as pessoas apreciam seu trabalho. Que a música transmita os melhores sentimentos e ajude a unir culturas – e essas são recompensas muito maiores do que a econômica”, sublinha Naomi.


Intenção é ampliar Festival em 2015

Em parceria com a Georgia State University (GSU), dos Estados Unidos, o Festival “Bauru – Atlanta: Festival das Américas” é uma realização da USC, através de convênio com a universidade norte-americana. O Festival, na edição deste ano, aconteceu em maio e tem como objetivos descobrir talentos no ramo musical, propiciar o intercâmbio entre jovens músicos e incentivar os estudantes de música.

O evento promove intercâmbio e aprimoramento de estudantes de música, com ensaios, concertos, atividades docentes, além de minicursos, workshops, palestras. O Bauru-Atlanta também contempla concursos. O Festival acontece em anos alternativos no Brasil e em Atlanta. Em 2014, será a vez de Atlanta recebê-lo, já que em 2013 foi realizado por aqui.

“Na última edição, em Atlanta, a Naomi foi a ganhadora e o prêmio era visitar Bauru e se apresentar aqui. Mas ela não pode vir em maio. Então, este Festival ainda está fazendo alguns concertos que ficaram pendentes, como este da Naomi, e tem outro previsto para outubro”, explica a professora e organizadora do Festival, Rosa Tolon.

Junto com o professor Benedito Sampaio Guedes de Azevedo, ela apoia que o Festival seja ampliado em Bauru, quando for realizado aqui novamente, em 2015. A ideia de Benedito é agregar mais apoio à iniciativa, contemplando mais parcerias e músicos se apresentando aqui e lá fora. “A pretensão é fortalecê-lo envolvendo não somente a Georgia State University, mas a Juilliard Scholl e a University of South Carolina. Por isso, estamos abertos a receber mais patrocínios da iniciativa privada. A intenção é que também as apresentações cheguem a mais cidades da região”, alega o professor e incentivador cultural.

“Na verdade, este ano tivemos muito apoio e patrocínio para a realização do Festival, que atendeu várias áreas, além de reunir vários professores de música do Brasil e de outros países. Tivemos ajuda de vários patrocinadores e do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (Proac). Mas claro que, para o próximo Festival, seria ótimo se tivéssemos mais apoio”, indica Rosa. Informações sobre o Festival Bauru-Atlanta podem ser obtidos pelos telefones (14) 2107-7030 e (14) 2107-7384.


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